dezembro 06, 2008

Guarda Suíça Pontifícia


Guarda Suíça Pontifícia é o nome dado à atual guarda papal e da Cidade do Vaticano.
Inicialmente a Guarda Suíça era um conjunto de soldados suíços mercenários, que combatiam por diversas potências europeias entre os séculos XV e XIX em troca de pagamento. Hoje só servem o Vaticano.
A Guarda Suíça do Vaticano foi formada em 1506, em atendimento a uma solicitação de proteção feita em 1503 do Papa Júlio II aos nobres suíços. Cerca de 150 nobres tidos como os melhores e mais corajosos chegaram a Roma vindos dos cantões de Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna. O seu comandante era o capitão Kaspar von Silenen.
A batalha mais expressiva foi em 6 de maio de 1527, quando as tropas invasoras imperiais de Carlos V de Habsburgo, em guerra com Francisco I, entram em Roma. O exército imperial era composto de cerca de 18000 mercenários. Em frente à Basílica de São Pedro e depois nas imediações do Altar-Mor, a Guarda Suíça lutou contra cerca de 1000 soldados alemães e espanhóis. Combateram ferozmente formando um círculo em volta do Papa Clemente VII visando protegê-lo e levá-lo em segurança ao Castelo de Santo Ângelo. Faleceram 108 guardas, mas em contrapartida 800 dos 1000 mercenários do assalto caíram mortos pelas alabardas dos suíços.
Assim, 6 de maio é o dia de admissão de novos guardas. Eles prestam juramento diante do Papa e fazem o juramento com a mão direita levantada e os três dedos do meio abertos, recordando Zurique, Uri, Unterwalden e Lucerna.
É o único grupo de mercenários aceito pela lei suíça. Do corpo da Guarda Suíça só podem fazer parte homens de robusta e rude constituição física, católicos, com nível superior, ter idade entre 18 e 30 anos e com reputação criminal e social absolutamente imaculadas. Devem também ter feito já treino militar do exército Suíço. Dois anos, eventualmente renováveis, até um máximo de 20, são o tempo de compromisso mínimo de um guarda Suíço.
O curioso uniforme da Guarda é um espetáculo à parte. Com sua malha de cetim nas cores azul-roial, amarelo-ouro e vermelho-sangue, causa estranheza que um soldado esteja trajado com roupas tão coloridas. O design do traje é atribuído a Michelangelo e pode ser visto tanto no Vaticano quanto no castelo Papal de Avignon, sede do papado nos séculos XIII a XIV.
A língua oficial da Guarda Suíça é o alemão.
O atual comandante da Guarda Suíça Pontifícia, Daniel Rudolf Anrig, jurista e chefe da polícia criminal do cantão de São Galo (St. Gallen), entre 2001 e 2006, foi designado por Bento XVI, em substituição ao coronel Elmar Theodor Maeder.


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